Blog do ator, escritor e educador Marcio Rufino. Um blog para quem gosta de História, literatura, arte, cultura e outros bichos.
"Marcio é maravilhoso
Marcio é divino
Marcio é moço fino
Rufino é homem com olhar de menino
Marcio é decidido
Marcio é mestre, brilha no ensino
Marcio é guerreiro...
E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."
(Camila Senna)
Marcio é divino
Marcio é moço fino
Rufino é homem com olhar de menino
Marcio é decidido
Marcio é mestre, brilha no ensino
Marcio é guerreiro...
E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."
(Camila Senna)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Mulher-Hiena
Linda, louca, livre.
Intensa, híbrida, simples.
Foi mordida por uma hiena
Numa véspera de carnaval.
Recebeu uma alegre maldição serena
Que perdurou nos quatro dias de bacanal.
Da Baixada Fluminense
Já ouvia o ronco da cuíca
Que vinha da apoteose
Seus quadris e suas sapatilhas
Criavam vida própria
Numa hipnose.
Ao som do pandeiro e do reco-reco
Balança as ancas feito um boneco
Juntam-se a sua volta
Sambistas, mulheres, gays, crianças e velhos
Entre cerveja, churrasco e batucada
Envolve a todos com seu rebolado
E devora-os sem atraso
Sob histéricas risadas
Desgrenhada
Numa felicidade oca
Com o sangue dos inocentes
Escorrendo de sua boca.
Bacante peluda
Nua
Com seus dentes caninos
Come rindo suas presas
Que morrem canibalizadas
Incertas, sorrindo.
Ela invade blocos,
Luaus,
Boleros,
Pagodes
E saraus.
A polícia a procura
Distinta
Mas ela some
Na quarta feira de cinzas.
Ela está por aí disfarçada
Na professora,
Na empregada,
Na mãe de família,
Na dona de casa.
Na poética da narrativa;
Na surpresa da vida;
Na temática da poesia.
Marcio Rufino
Todos os direitos reservados.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Poema Perdido
Cadê o poema?
Onde está o poema?
Aquele poema que eu escrevi
O dia, o lugar, a hora
eu esqueci.
O poema que era muito inteligente
mas os versos, agora,
não vem em minha mente.
O poema
cuja inspiração
minha mente e o meu coração arrebatou
mas como castelo de areia
ao sabor do vento se desmanchou.
O poema que concebi em plena paz
mas a razão de minha elevação
em minha lembrança não vem mais.
O poema que eu criei
pensando em ti, pessoa misteriosa
seu rosto e seu gosto
não me recordo agora.
O poema que eu compus
num turbilhão de impressões,
sensações, desejos e emoções
que nem consigo imaginar.
A definição dos mesmos.
Qual será?
Cadê o poema?
Onde está o poema?
Que busco embaixo da cama,
em cima do guarda-roupa,
dentro da gaveta,
dentro da bolsa.
Eu quero meu poema.
Onde está o poema?
Cadê o poema?
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