Blog do ator, escritor e educador Marcio Rufino. Um blog para quem gosta de História, literatura, arte, cultura e outros bichos.
"Marcio é maravilhoso
Marcio é divino
Marcio é moço fino
Rufino é homem com olhar de menino
Marcio é decidido
Marcio é mestre, brilha no ensino
Marcio é guerreiro...
E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."
(Camila Senna)
Marcio é divino
Marcio é moço fino
Rufino é homem com olhar de menino
Marcio é decidido
Marcio é mestre, brilha no ensino
Marcio é guerreiro...
E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."
(Camila Senna)
terça-feira, 22 de março de 2011
Poema Desconcertado
Quisera Deus que eu escrevesse estas palavras para me expressar
Mas, na verdade, escrevo para me desabafar.
Como um fantasma obsessor
Tu ressurges do nada para me confundir
como uma dor que se finge de orgasmo só para me iludir.
Eu pisava em nuvens com o asfalto protegendo a minha cabeça
Quando aparecestes conduzindo meus olhos.
Tu eras tão exuberante quanto uma aquarela
e eu me via tão comum quanto uma telenovela
quando eu gostei do teu jeito de andar
do teu jeito de não me notar.
Eu era um peixe falastrão passeando por praias mudas.
Na ânsia de ter o que se quer
todo homem é meio Jesus e meio Judas.
Desse vinho queria eu beber até a última dose
e era em ti que eu refletia toda a minha neurose.
Questionando os vaidosos que arrogantemente somos
não sei se ainda guardas as marcas de meus dentes em teus ombros.
Nesse romance mal interpretado de personagens mal explorados
Tu permitias que eu me perdesse entre frases feitas,
pessoas mal resolvidas,
pensamentos bobos,
coisas mal ditas.
E eu só queria,
pelo menos uma vez na vida,
que os nossos corpos
fizessem parte dos vários pares de corpos que rolam na noite
Mesmo com toda dor que isso pudesse causar,
Mesmo com toda camisinha que disso pudesse cuidar.
Caindo na boca de toda essa gente.
Ao mesmo tempo igual
ao mesmo tempo tão diferente.
Pois teu jeito entrou na minha cabeça
como um espermatozóide enlouquecido
penetrando o óvulo umedecido
que fecundado gerou um abismo
onde eu insisto em afundar.
Caindo na boca de todo esse pessoal.
Ao mesmo tempo tão diferente
e ao mesmo tempo tão igual.
Na simples aventura de amar,
sinto que meu sentimento vale ouro.
Acredito que fomos feitos para nos encontrar,
mas não feitos um para o outro.
Um sentimento que pareça bastante verdadeiro
não quer dizer que seja totalmente sincero.
Um pensamento que se apresente muito mentiroso
não quer dizer que seja absolutamente hipócrita.
Hoje,
por não ter resistido ao fascínio,
grito a minha histeria,
me condenando ao ócio eterno
e entregando minha carne a pernilongos.
Na verdade, não te culpo por não ter me achado.
Sua grande crueldade foi não ter me amado.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
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Um comentário:
Olá Marcio, bom vir aqui ler você,
O desabafo existe nas coisas que nascem de nossas palavras, mas enchem os olhos dos outros de encanto, todo poeta sabe falar onde toca o coração do outro.
Tua poesia é linda,
Quando visitei o Gambiarra, eu falei que o dono do blog fazia postes lindos, não confundi que fosse dele... :)
Mais uma vez , aplaudo a tua poesia...
Abraços mil
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