Quando eu era menino
Queria ser bonzinho
Para poder andar sobre as nuvens
Até que um dia comi algodão-doce
E a vontade passou.
Quando eu era menino
Eu não queria ser mau
Pois tinha medo de arder no fogo
Até que um dia senti queimar no meu
O calor de outro corpo
E o medo passou.
Hoje, já adulto, tenho plena consciência
Nessa perplexidade caótica em que me movo
Da poderosa sensibilidade de minha essência
Que insiste em ser metade nuvem, metade fogo.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
6 comentários:
olá marcio! poxa, muito obrigado pelo comentário lá no comtexturas. fiquei feliz que você tenha curtido.
também gostei do seu blog e desse 'a nuvem e o fogo'. voltarei pra ver as novidades
abs,
joão
Meio a meio: fogo e nuvem.
Gostei do poema, tem um apelo interessante!
Percorri impunemente as palavras como um menino que se distrai em qualquer esquina. De repente, voltei-me a mim e senti o peso das quimeras que carregamos. Maravilhoso. Abs,
muito bom! já estou te seguindo!!! exelente poesia. identificável em facilidade tanta a mim. obrigado.
Poesia inteligente, provocadora.
Abraços.
Marcio! Belo poema meu amigo, acho que você deveria criar um blog exclusivamente para seu trabalho como poeta, onde pudéssemos vê-lo em sequência. Quero conhecer mais da sua obra.
Postar um comentário