Meus sonhos são todos fragmentários
Onde personagens e ambientes
Mudam constantemente
Em momentos inesperados e fantasmagóricos.
Tudo se dilui e se refaz
Num sentido dinâmico e sagaz
Criando mosaicos virtuais
Com contornos reais.
Disso tudo só fica a angústia
De ser eu o mesmo nesta seara
Mutante, volúvel e anárquica
Doce e dolorosa como uma diáspora
Que me faz ser único numa apatia
Onde tudo que é concreto se evapora.
Marcio Rufino
Imagem: Ana Luisa Kaminski
Um comentário:
Apenas hoje estou visitando o teu blog e venho agradecer por ilustrar teu poema com minha pintura. Eu também gosto da palavra "onírico", assim como de outras que encontrei em teus escritos, portanto parece que temos algumas coisas em comum. Deixo abraços alados e votos de uma semana fecunda e bem criativa.
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