"Marcio é maravilhoso

Marcio é divino

Marcio é moço fino

Rufino é homem com olhar de menino

Marcio é decidido

Marcio é mestre, brilha no ensino

Marcio é guerreiro...

E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."

(Camila Senna)















quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Identidade

Se alguém perguntar
Quem eu sou
Diga que sou uma criatura quase humana
Algo entre religioso e monstruoso
Um simples moço.

Se alguém perguntar
Em que dia nasci
Diga que foi num dia
Em que Deus, muito estressado,
Com tanta coisa lhe enchendo o saco
Fez com que minha mãe
Bota-se pra fora
Algo que não fosse nem pergunta e nem resposta
Uma complicada incógnita.

Se alguém perguntar
Qual é a minha cor
Diga que é a do mundo inteiro.
Pintada por festas, sofrimentos de amor,
Muitas revelações e alguns segredos.

Se alguém perguntar
Qual é a minha
Curto carne, frango e sardinha
Ou qualquer outra coisa que esteja na panela.
Curto também pessoas
Muito além do que elas têm entre as pernas.

Se alguém perguntar
Onde moro
Diga que por aí
Chegando de repente
Sem hora pra partir.

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7 comentários:

Anônimo disse...

Incrível texto! Me identifiquei muito.
Excelente blog. Adorei tudo o que li.

Arnoldo Pimentel disse...

Gosto demais dessa poesia, e já comentei no blog do grupo, venho aqui também para comunicar que tem dois presentes para você no meu blog, é passar lá e pegar e se puder ler minha postagem de hoje.

ventosnaprimavera.blogspot.com

Um abraço do amigo Arnoldo

Filipe disse...

Parabéns pelo teu espaço, meu caro!

Você é um poeta de invejável fôlego lírico.

Estou te seguindo por aqui!

Um grande abraço!

Marluce disse...

Mais um dos seus textos inteiros,
que surpreende o leitor!


Parabéns!

Felipe disse...

po, gostei muito do texto! parabéns!
vou te seguir, se quiser me seguir,já sabe aonde ir.

Gledson Vinícius disse...

o que sou, quem eu sou são sempre perguntas com milhões de respostas.... é sempre bom ler o "ponto que vê" do outro!
quando tiver um tempo: www.poraodogv.blogspot.com

Paola Rhoden disse...

Já havia lido este seu texto em outra ocasião. Foi bom lê-lo novamente, porque poetisa o cotidiano de uma alma nômade. Abraços.