"Marcio é maravilhoso

Marcio é divino

Marcio é moço fino

Rufino é homem com olhar de menino

Marcio é decidido

Marcio é mestre, brilha no ensino

Marcio é guerreiro...

E nesse Emaranhado Rufiniano, quero me emaranhar."

(Camila Senna)















terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Banquete



É de água, vinho, cerveja e comida
Que se faz poesia, filosofia e boemia
Os poetas da rua se confraternizam na varanda
Num Brasil feito de Grécia, Arábia e povo de Aruanda.

Marcio Rufino

Sarau Donana África-Brasil de Consciência Negra


                                               O poeta Marcio Rufino apresenta o evento


                                                                      Ivone Landim


                                                                     Ramide Beneret


                                                                     Camila Senna



                                                                Anderson Leite Lima


                                                            O poeta Henrique Souza



                                                              O poeta Cau Bastos



                                                                         Valnei Ainê



                                                             André Luz Gonçalves


                                                                       Chico Reis



                                                      A produtora cultural Ane Alves



                                           A bela educadora Joseane Ainê admira o evento



                                                               Roda de capoeira


                                                                     Roda de samba


                                    Fanzine do Pó de Poesia homenageando os poetas negros



                                     O poeta Marcio Rufino pouco antes de começar o evento









                                             O público de Belford Roxo prestigia o sarau



                                                                            Idem    


 A poeta e professora aposentada Dona Luíza presta sua homenagem à Semana de Consciência Negra



Marcio Rufino e o cantor, compositor, músico, artista plástico e gestor do Centro Cultural Donana Dida Nascimento




Na noite de sábado do dia 24 de novembro de 2012 aconteceu no Centro Cultural Donana no bairro Piam em Belford Roxo o Sarau Donana Especial África-Brasil de Consciência Negra com o coletivo Pó de Poesia e convidados. O evento apresentado pelo blogueiro que vos escreve - o poeta, ator, escritor e educador Marcio Rufino - também contou com a batuta de outros poetas integrantes do coletivo cultural como Ivone Landim, Dida Nascimento, Ramide Beneret, Camila Senna e Anderson Leite Lima, o mais novo integrante do grupo; que leram poemas de poetas negros que têm na questão racial sua principal temática como Solano Trindade, Conceição Evaristo, Cuti e Éle Semog. Esta plêiade de poetas, inclusive foi a grande homenageada do fanzine do Pó de Poesia deste mês.

Como convidados especiais contamos com as participações dos músicos Valnei Ainê, André Luz Gonçalves e Chico Reis. Para encerrar a noite com chave de ouro tivemos performances de capoeira e samba de roda com artistas da Associação Palmares. O cenário do sarau foi os quadros pintados por Dida Nascimento. A chuva que caiu nesta noite só serviu para abrilhantar e abençoar ainda mais o Sarau Donana que encerrou suas atividades de 2012 e agora só volta em fevereiro de 2013.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Poesia depois da queda



Minha poesia


Saltou de cima da estratosfera

Sem rima, nem métrica

Sem roupa de astronauta

Muito menos paraqueda

E se espatifou

Na Av. Presidente Dutra

Perto dos travestis e das putas

Minha poesia

Pulou do espaço

Sem jump, nem isca

Se partiu em pedaços

Quase caindo

Por cima dos parasitas

Minha poesia

Vadia

Esquartejada

Rolou asfalto a fora

Sem rítimo

Nem metafora

Sem charme

Nem a menor graça

Parecia ter comido

A poeira da via láctea

Minha poesia

Dividida

Caiu sem gozo

Nem dor

Parecia ter sido cuspida

Por uma espaçonave

Ou um disco voador

Minha poesia

Esquisita

Baixou sobre o planeta

Mais imprecisa

Que uma certeza

Mais certeira

Que uma dúvida

Mais suave

que uma maldição

Mais densa

Que uma benção

Minha poesia

Lá de cima

Viu a gigantesca

Bola verde e azul

Sem deixa, sem arte

Dentre as várias partes

Parte dela foi rolando

Até a Joaquim da Costa Lima

A outra até a Av. Brasil

Minha poesia

Voraz

Veio despencando, despencando

Atravessou paraísos e umbrais

Sem se preocupar

Com seus rins

Nem com seu corpo

Atropelou anjos e querubins

Almas penadas

E espirítos de porco

Minha poesia

Suicida

Caiu e cai

Provando cada vez mais

Que nunca foi minha

É da disponibilidade

Da casualidade

Espiritual

É da vontade

Do movimento

Social.


Marcio Rufino